Em Comportamento Juliana Castro Vida cristã

Alerta: estou em obras


Jesus está me reconstruindo; está refazendo alguns móveis, quebrando outros, limpando a poeira que os cacos deixaram pelo chão, varrendo incertezas e plantando esperanças. Tudo aqui dentro está bagunçado, um tumulto que só. Mas sei que o Dono da obra ainda acertará as coisas. E por mais que no peito a dor seja grande, por mais que as forças se desintegrem, por mais que o amor esteja adormecido, tudo ficará bem. Logo, logo estarei restaurada, pois Quem está à frente é fiel e poderoso para completar em mim a linda obra que começou.
Sabe quando os móveis estão fora do lugar e por mais que tentemos alinhá-los tudo fica feio e desorganizado? Pois era assim que eu me encontrava. Não adiantava limpar a poeira acumulada, pois novas partículas surgiam de repente e desfaziam todo o trabalho concluído. A partir daí eu desisti, joguei tudo para o alto e permiti que as coisas bagunçassem ainda mais; com essa atitude o meu peito se transformou num lugar sujo, inabitável. Todas as pessoas que chegavam para perfumar a casa, colocar flores na janela e organizar o que estava quebrado foram embora. Percebi que elas não aguentavam permanecer ali e as compreendi: realmente eu não tinha condições para hospedar ninguém.
Foi aí que, em uma tarde de sábado, recebi um convite muito especial que acabaria transformando toda a minha vida. Era uma carta, para ser mais precisa. Nela estavam contidas palavras tão doces que foram capazes de amolecer o meu coração. O destinatário eu já conhecia, mas o Autor me surpreendeu: Jesus, sim era Ele. Eu estava despedaçada e havia desistido de mim, não fazia sentido ler aquelas palavras confortáveis que faziam meu peito flutuar. Eu não merecia aquele convite, não merecia aquele cuidado, eu não merecia ser reconstruída por Ele. Eu O havia feito sofrer tanto, e não era justo que Ele me refizesse; eu merecia ficar assim, triste e destruída para sempre.
Mas Ele, com o amor maior do mundo, falou ao meu coração; sim, aquele coração vazio de bons sentimentos foi capaz de ouvir a voz do próprio Amor. Ele disse mais algumas palavras doces e também me repreendeu delicadamente pela minha desistência de prosseguir. Fui tomada por um sentimento de tamanha misericórdia que não pude resistir. Permiti que Ele entrasse e desse início as obras.
Haviam algumas poucas paredes firmes que Ele derrubou; confesso que nesse momento eu não compreendi o que Ele estava fazendo, mas decidir confiar tudo nas mãos dEle. “Sem interferências, moça”, foi o que disse para mim mesma. Daí Ele começou a jogar alguns sentimentos que não me acrescentavam fora, reconstruiu as gavetas velhas do meu coração, trocou a água do vaso de flores, construiu alicerces mais fortes, pintou com cores alegres o que antes era triste e fez ressurgir uma luz forte que havia sido escondida pelo breu.
E para você que pensou que as obras terminaram por aí, tenho uma ótima notícia: não, elas ainda estão no início. E eu admito que não tem sido fácil, pois existem momentos em que as marteladas me fazem sentir dores absurdas. Mas nessas situações Jesus olha para mim e diz: “Calma, não precisa chorar. Segura em minhas mãos, entrelaça elas nas minhas e tudo ficará bem. Essa dor é necessária, mas Eu estou com você!” Por isso digo para você, caro leitor: continuo em obras. Prossigo sendo aperfeiçoada por Jesus!  

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