Jesus está me reconstruindo; está refazendo alguns móveis, quebrando outros, limpando a poeira que os cacos deixaram pelo chão, varrendo incertezas e plantando esperanças. Tudo aqui dentro está bagunçado, um tumulto que só. Mas sei que o Dono da obra ainda acertará as coisas. E por mais que no peito a dor seja grande, por mais que as forças se desintegrem, por mais que o amor esteja adormecido, tudo ficará bem. Logo, logo estarei restaurada, pois Quem está à frente é fiel e poderoso para completar em mim a linda obra que começou.
Jesus está me reconstruindo; está refazendo alguns móveis, quebrando outros, limpando a poeira que os cacos deixaram pelo chão, varrendo incertezas e plantando esperanças. Tudo aqui dentro está bagunçado, um tumulto que só. Mas sei que o Dono da obra ainda acertará as coisas. E por mais que no peito a dor seja grande, por mais que as forças se desintegrem, por mais que o amor esteja adormecido, tudo ficará bem. Logo, logo estarei restaurada, pois Quem está à frente é fiel e poderoso para completar em mim a linda obra que começou.
Sabe quando os móveis estão
fora do lugar e por mais que tentemos alinhá-los tudo fica feio e desorganizado?
Pois era assim que eu me encontrava. Não adiantava limpar a poeira acumulada,
pois novas partículas surgiam de repente e desfaziam todo o trabalho concluído.
A partir daí eu desisti, joguei tudo para o alto e permiti que as coisas
bagunçassem ainda mais; com essa atitude o meu peito se transformou num lugar
sujo, inabitável. Todas as pessoas que chegavam para perfumar a casa, colocar
flores na janela e organizar o que estava quebrado foram embora. Percebi que
elas não aguentavam permanecer ali e as compreendi: realmente eu não tinha
condições para hospedar ninguém.
Foi aí que, em uma tarde de
sábado, recebi um convite muito especial que acabaria transformando toda a
minha vida. Era uma carta, para ser mais precisa. Nela estavam contidas
palavras tão doces que foram capazes de amolecer o meu coração. O destinatário eu já
conhecia, mas o Autor me surpreendeu: Jesus, sim era Ele. Eu estava despedaçada e
havia desistido de mim, não fazia sentido ler aquelas palavras confortáveis que
faziam meu peito flutuar. Eu não merecia aquele convite, não merecia aquele
cuidado, eu não merecia ser reconstruída por Ele. Eu O havia feito sofrer
tanto, e não era justo que Ele me refizesse; eu merecia ficar assim, triste e
destruída para sempre.
Mas Ele, com o amor maior do
mundo, falou ao meu coração; sim, aquele coração vazio de bons sentimentos foi
capaz de ouvir a voz do próprio Amor. Ele disse mais algumas palavras doces e
também me repreendeu delicadamente pela minha desistência de prosseguir. Fui
tomada por um sentimento de tamanha misericórdia que não pude resistir. Permiti
que Ele entrasse e desse início as obras.
Haviam algumas poucas
paredes firmes que Ele derrubou; confesso que nesse momento eu não compreendi o
que Ele estava fazendo, mas decidir confiar tudo nas mãos dEle. “Sem interferências,
moça”, foi o que disse para mim mesma. Daí Ele começou a jogar alguns
sentimentos que não me acrescentavam fora, reconstruiu as gavetas velhas do meu
coração, trocou a água do vaso de flores, construiu alicerces mais fortes,
pintou com cores alegres o que antes era triste e fez ressurgir uma luz forte
que havia sido escondida pelo breu.
E para você que pensou que
as obras terminaram por aí, tenho uma ótima notícia: não, elas ainda estão no
início. E eu admito que não tem sido fácil, pois existem momentos em que as
marteladas me fazem sentir dores absurdas. Mas nessas situações Jesus olha para
mim e diz: “Calma, não precisa chorar. Segura em minhas mãos, entrelaça elas
nas minhas e tudo ficará bem. Essa dor é necessária, mas Eu estou com você!”
Por isso digo para você, caro leitor: continuo em obras. Prossigo sendo
aperfeiçoada por Jesus!
Alerta: estou em obras
Juliana Castro
27 janeiro
Juliana Castro
É a escritora do Guardarei Amor, um espaço - se assim pode ser definido - em que é possível eternizar a fé em poesia e alcançar corações através das palavras que contam do amor de Deus. Uma imperfeita que se tornou completa ao se encontrar com a perfeição.
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